quarta-feira, 20 de julho de 2011

Um novo trabalho, uma nova história

No dia 29 deste mês, na Célula, uma turminha pra lá de bacana estará estreando um novo projeto em Floripa, Jean Mafra e Bonde Vertigem, que segundo eles afirmam: “é, no fundo, música pra dançar”.

Sou suspeito pra falar do Jean, é um dos meus melhores amigos e parceiro na música. Vivemos dez anos juntos com a SSC, e posso dizer que foi uma fórmula que deu certo, dois teimosos que, no final das contas, são bem parecidos.
Lembro do garoto de preto que visitava os ensaios da Left (uma antiga banda) só pra falar mal, que mesmo sem ter noção alguma de harmonia, ritmo, isso lá em 95, 96, já traçava suas composições sem medo de errar.  Era um Psicosapo!
Quem diria que aquele louco fosse virar artista. Virou!
O Jean acredita naquilo que faz e isso é o que mais dá força pra sua história.
Na mesma barca estão Ulysses, Cisso e Marcil, que formam o Bonde Vertigem.  Três caras com quem convivi muito no Clube da Luta e que como o Jean, faça chuva ou sol, estão aí pra briga.
É mais um novo trabalho pintando em Floripa, uma nova história se formando. Dia 29 estaremos lá, valorizando nossa música.
Diz pro amarelo da goiaba que não é gringo, mas é bom também.
Viva a música daqui!
Show Jean Mafra e Bonde Vertigem
Dia 29/07/2011
Célula – bairro João Paulo, 75
Ingressos antecipados a R$ 15 – Loja Varal centro

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Clube da Luta: uma cena estabelecida e agora fora de foco – parte two

Só pra deixar claro para algumas pessoas, a principal questão levantada no outro texto, é a falta do acontecimento. Em Floripa sempre existiram pessoas compondo, gravando, mas isso não é o suficiente para fomentar um mercado, ainda mais um que na existe. Temos que levar pra rua, para o público e isso o Clube fazia bem.
Reunir pessoas em prol de um objetivo, sempre será mais forte que o individual. O Clube da Luta, por mais repetitivo que ele tenha ficado, era um dos redutos da música, da cultura de Florianópolis, e hoje não temos esse ponto de encontro, a não ser que me provem o contrário.
Tu não vê uma banda mandando um email para o seu mailing/publico divulgando o show de outro grupo. O Clube fazia isso, ao contrário do que se viu e do que se vê hoje.

O Clube reuniu, adquiriu respeito e deu um rumo para a música autoral, mesmo que pouco, mas deu. Fomos longe dentro do horizonte de floripa, tocamos no Planeta Atlântida, por exemplo, porque estávamos unidos e mostramos pra eles que merecíamos respeito.  
Não falo do Clube querendo que ele volte, falo porque acredito, sinceramente, que unidos podemos ir longe, separados não.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Clube da Luta: uma cena estabelecida e agora fora de foco

Falem o que quiserem, mas a cena musical de Florianópolis era bem mais feliz nos bons tempos das batalhas do Clube da Luta. Era bom, bonito e barato.
Pra muitos era a panelinha de algumas bandas. Só tocavam os amigos (mentira). E se fosse, qual o problema? Deu certo, movimentou, mostrou pra floripa a música feita aqui. Alguns conheceram de perto, outros de longe, mas todos ficaram sabendo de algum jeito. O Clube ajudou até bandas que não faziam parte da “panela”, pois era a música autoral de SC antes de mais nada.
Tinha gente que torcia contra, simplesmente por não fazer parte, e isso é um problema da nossa cidade. Alguns não gostam que outros se destaquem. São os mesmos que torcem para que floripa seja eternamente uma província.
Muitas bandas surgiram e outras se estabeleceram por conta do Clube da Luta. Maltines, Aerocirco, Da Caverna, SSC, Sociedade Soul, Tijuquera, entre outras, devem muito ao Clube e ao seu público. Foi nele que se fortaleceram, ganharam cancha de palco e mais maturidade, mesmo que o Clube fosse e continua sendo, um verdadeiro ensaio aberto, sem frescuras ou palhaçadas.
Lembro bem de shows da Aerocirco com meia dúzia de gatos pingados. Um ano depois, faltava espaço para tanta gente. Só tem um por que: música boa. O problema é que poucos conheciam. É aquela máxima que sempre defendi: estamos cheios de bons produtos, mas sem mercado, sem prateleira.
Posso estar enganado, mas o fim de algumas bandas, e as mudanças em outras, também está ligado ao fim prematuro do Clube da Luta. Alguns vão me perguntar: mas tu não disse que não acabou? Sim, não acabou, mas mudou muito. As bandas se preocuparam cada uma com sua vida e foram parar na UTI. Sozinhas não vão muito longe. Devemos nos preocupar com nossos trabalhos, mas também com de nossos amigos, porque só assim pra estabelecer uma conexão forte na música local. Se a banda amiga está bem, a tua também estará. Somar e não diminuir.
Não pense que algum produtor, dono de bar ou meio de comunicação irá se preocupar com o teu trabalho, com a tal de cena, eles estão preocupados com o retorno que isso dará, mas este é um outro papo.
Olha hoje, o que está acontecendo? Quantos shows com as bandas locais tem acontecido em Floripa?  Os jornais nem mais falam da música daqui, ou estou enganado?
O Clube funcionava como um velho boteco, que além da cerveja e cachaça, tu assistia um show de música autoral, batia um papo e discutia se necessário.  Estava lá, acontecendo! Era repetitivo? Sim, mas qual o problema? Repetitivo é tu ter que ficar em casa escutando cd sem conversar com ninguém.
Enfim, o papo é longo.

Abraço!

terça-feira, 12 de julho de 2011

Nesta sexta-feira tem uma festinha bacana na Célula, é o Arraiá Rock, com Samambaia Sound Club e Andrey e a Baba do Dragão de Komodo, a partir das 23h.
O ingresso custará só R$ 5 pilas.
O dj será o Zé Pereira.
Vamos lá pular a fogueira, montar a quadrilha e comer pinhão!

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Uma morte que vem se anunciando


Para algumas pessoas é mais fácil falar mal do time que torce do que bem. Eu não gosto, queria falar maravilhas, mas no caso do Avai de hoje, aquele que jogou contra o Bahia, ontem, não dá.
Sou um torcedor que sofro durante o jogo. Pulo, berro, xingo e vibro com o gol. Ontem, por mais torcedor que eu seja, fiquei com raiva.
Quando o Galo chegou, comentou que o Avai estava sem preparo físico, ele tinha toda razão. No jogo de ontem, com trinta minutos do primeiro tempo, todos os jogadores estavam com a boca aberta, com falta de ar, com o freio de mão puxado. Isso é um absurdo, se tratando de um time profissional de série A. Tudo bem, não podemos exigir que determinado jogador dê um balãozinho, faça um gol de letra, isso depende da técnica individual de cada um, mas se tratando de preparo físico, todos precisam estar 100%, é obrigação do ATLETA.
Ontem escutei em algumas rádios que o culpado do jogo foi o Rafael Coelho, que o lance foi o gol que ele perdeu. Tudo bem, ele poderia ter marcado, mas isso não apaga os dois gols bestas que o Avai e sua saga tartaruga tomaram. Ora, o Rafael fez um gol e colocou o Avai na frente, fez sua parte. No primeiro contra ataque, a zaga toma um gol porque é lenta. O Gustavo Bastos, que marcava o segundo homem, o mesmo que fez o gol, estava correndo atrás, como se não fosse com ele. Minutos depois, a mesma coisa, lentidão no lado direito do Avai e gol do Bahia.
O Avai já tomou 22 gols no campeonato, a segunda pior defesa tomou 15. Será que o treinador não vê que o problema está na saga, neste miolo? Será que ele vai insistir em jogar com dois zagueiros mesmo tomando tantos gols assim? Isso é burrice e teimosia. O problema do Avai é tomar gol, está na cara. Se faz quatro gols em duas partidas, beleza, ataque matador, mas se toma quatro, é porque o esquema está errado.  É o que está acontecendo.
O Avai tem alguns jogadores que não podem estar na série A, como o lateral direito, Daniel, o atacante Fábio Santos, Maurício Alves. Por incrível que pareça, o Batista fez falta. Nós não temos nem o catimbador, que segura à bola na mão antes do adversário bater a falta, que dá de dedo no juiz, que faz as malandragens necessárias. Futebol é isso. Nem o Wilian está mais preocupado, pelo menos é o que parece.
Já se foram oito rodadas e o Avai cada vez mais distante do quinto colocado, que é nosso ridículo objetivo, sair da zona de rebaixamento.
Como diria o manezinho, a vaca está no brejo e cada vez mais atolada. A morte na série A está chegando, o buraco está cavado e o coveiro doidinho pra trabalhar.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Dunga, a Globo e o Mano

Domingo começa a Copa América. O Brasil, como sempre, é um dos favoritos ao título, ao lado de Argentina e Uruguai.
No domingo vamos ver se a seleção do Mano, que tantos elogiam, vai fazer valer dentro de campo. Até agora, nos amistosos, não mostrou nada, está bem abaixo da seleção de Dunga.
Falando em Dunga, ele ganhou quase tudo que disputou, só não a Copa do Mundo. Foi campeão da Copa América dentro da Argentina, da Copa das Confederações, e ficou em primeiro lugar nas Eliminatórias. Foi um técnico ruim? Não, é só ver os resultados.
O Dunga foi sacrificado principalmente por um aspecto: tratou a Globo igual às outras emissoras e isso é cruel. Depois que ele mandou o papagaio de pirata da Globo, o Escobar, tomar, eles decidiram tirar o Dunga. Imagina um técnico de seleção não dar entrevista pra Globo, sem dar arrego pro Galvão, é o fim. Com o Collor foi igual.
Tecnicamente e taticamente, ninguém fala mal do esquema dunguiano, foi sucesso. Ganhar da Argentina em Buenos Aires é mais difícil que ganhar uma Copa do Mundo, pode apostar.
Eu fui um que falei mal dele, odiava aquela seleção de jogo feio, mas quando olho os números, paro de falar.
Me aponta uma seleção campeã mundial jogando bonito? Hoje o futebol é burocrático e estratégico.  Tem gente que elogia a Argentina pra falar mal da seleção brasileira, como se a Argentina jogasse bonito.
Domingo temos Neymar e Ganso, dois dos melhores jogadores do mundo, que com certeza darão uma pitada de charme ao time. Mas se não ganhar a Copa América, valeu a pena?
Acho que no final da Copa vai ter gente dizendo: que saudades do Dunga!


p.s. o dunga tinha outro problema, ele não usava a roupa do patrocinador na beira do campo, usava as roupas desenhadas pela filha.