terça-feira, 6 de março de 2012

Uma crítica a minha crítica

Dia desses, após um ensaio com a Lamaçau, ganhei um disco do André FM (Sociedade Soul), a Coletânea Música SC. Na mesma hora coloquei no carro e subi o morro da Lagoa escutando a trilha. De caroneiro e dj estava o Chico Abreu (Skrotes).


Escutava um pouquinho de uma faixa e logo passava pra outra. Achamos o disco ruim, bem ruim. Estávamos errados? Hoje digo que sim.

Enfim, contei este causo porque acho impossível, numa primeira audição de um disco, dizer que é ruim, meia boca, péssimo. É claro que existem as exceções, discos horríveis, que na segunda faixa o aparelho cospe pra fora, mas esses não entram nesta discussão. Estou falando de discos de artistas que gostamos, conhecemos e quando escutamos a primeira vez, nos decepcionamos.

Para criticar um disco, acredito, é necessário escutar pelo menos umas dez vezes, e bem escutado, porque aquilo que se acha ruim, pode virar bom depois de uma boa audição, com tempo. Também serve ao contrário, aquilo que achamos bom, se bem escutadinho, pode virar uma bosta, mas esta regra é mais difícil.
As vezes dá a impressão que alguns pseudo-críticos fazem exatamente isso, escutam uma vez e saem resenhando, como se aquilo fosse o suficiente, como se tivessem captado toda a atmosfera do trabalho. É impossível!

Depois que escutei por algumas vezes a Coletânea Música SC, e notei que tinha muita coisa boa, senti a necessidade de escrever que não, que não acho ruim coisa nenhuma, minha primeira impressão estava errada. Claro que tem coisa chata no disco, mas não como eu pensava.

É bom escutar um disco com artistas catarinenses e achar que tem qualidade, eu me sinto bem. É como se fosse um dos meus trabalhos, sei lá. 


Se você escutou e achou uma porcaria, dá mais uma escutadinha, tenho certeza que isso já aconteceu com qualquer um.

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